A igreja confessa que Deus é o criador do céu e da terra e de todas as coisas que há neles. Essa convicção sobre as origens tem grandes implicações na maneira como vemos o mundo ao nosso redor. Cuidamos deste mundo, vemos beleza nele, reconhecemos a glória de Deus expressa nele, temos como objetivo protegê-lo e sofremos quando ele é abusado e danificado. A igreja também confessa que Deus criou todos os seres humanos à sua imagem. Masculino e feminino, velho e jovem, forte e fraco; todos carregam a marca da imagem de Deus como seres morais, éticos e espirituais chamados a uma relação de aliança única com seu criador. Essa convicção nos leva a ver cada ser humano como tendo a dignidade dada por Deus e sendo digno de respeito, cuidado e honra.

O que é a Estação da Criação?

A Estação da Criação é uma estação opcional para o ano eclesiástico que volta nossa atenção para o relacionamento de Deus com toda a criação e com o nosso relacionamento com a criação (e com Deus por meio da criação). Durante quatro domingos, a Estação da Criação segue o exemplo dos salmistas que nos exortam a celebrar junto com a criação; com a floresta, os rios e os campos que louvam o Criador à sua própria maneira. Celebramos a Terra, o planeta jardim que Deus escolheu como santuário de Deus e como nossa casa. Celebramos com as criaturas que Deus criou como nossos parentes neste planeta verde azulado. Ao celebrarmos, temos consciência da crise que a criação enfrenta por causa da ganância, exploração e negligência humanas. Ao celebrarmos, sentimos empatia por aquelas partes da criação — humanas e não humanas — que estão gemendo por causa dos crimes humanos contra a criação. E, especialmente, celebramos Cristo, cuja morte traz perdão por nossos pecados contra a criação e cuja presença ressuscitada é o poder em ação para reconciliar e restaurar a criação.

Como a Estação da Criação se encaixa no Calendário Litúrgico da Igreja?

Kieran Dodds

A Estação da Criação é uma época relativamente nova do ano da igreja, uma época que também é conhecida nas igrejas de alguns países como “Tempo da Criação”. Como uma temporada opcional, a Estação da Criação pode ser celebrada em diferentes pontos do ano eclesiástico como no tempo da Páscoa ou em outro período na temporada após Pentecostes. Algumas congregações espalham a celebração dos quatro domingos ao longo do ano eclesiástico. Mais comumente, ela tem sido celebrada entre o dia da Criação, em 1º de setembro, quando começa o ano da Igreja Ortodoxa Oriental, e o dia de São Francisco de Assis, em 4 de outubro.

A sequência de leituras para esses quatro domingos cria um padrão litúrgico semelhante ao da temporada do Advento com foco naqueles textos em que o Espírito está soprando vida na criação, sofrendo com a criação e renovando toda a criação. As leituras também dão atenção especial à história da Terra, que complementa a história de Deus e a história humana nas Escrituras.

Textos para a Temporada da Criação

Perímetro da igreja de Debresena perto de Debretabor, Etiópia. Foto de Maheder Haileselassie Tadese para Mongabay.

Ano B: A Série da Palavra — Ano de Marcos

Esta segunda série concentra-se naqueles textos em que a Palavra é o impulso que convoca a criação, evoca o louvor da criação e agita a vida na criação.

DOMINGO DA TERRA — 5 DE SETEMBRO

Gênesis 1:1–25
Salmo 33:1–9
Romanos 1:18–23
João 1:1–14

DOMINGO DA HUMANIDADE — 12 DE SETEMBRO

Gênesis 1:26–28
Salmo 8
Filipenses 2:1–8
Marcos 10:41–45

DOMINGO DO FIRMAMENTO — 19 DE SETEMBRO

Jeremias 4:23–28
Salmo 19:1–6
Filipenses 2:14–18
Marcos 15:33–39

DOMINGO DA MONTANHA — 26 DE SETEMBRO

Isaías 65:17–25
Salmo 48:1–11
Romanos 8:28–39
Marcos 16:14–18

Fonte: https://lecionario.com

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