Prof. Sarah Perrett

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Senhor, Deus meu, como tu és magnificente:
sobrevestido de glória e majestade,
Tu fazes rebentar fontes no vale,
cujas águas correm entre os montes;
dão de beber a todos os animais do campo;
os jumentos selvagens matam a sua sede.
Junto delas têm as aves do céu o seu pouso
e, por entre a ramagem, desferem o seu canto.
Do alto de tua morada, regas os montes;
a terra farta-se do fruto de tuas obras.
Fazes crescer a relva para os animais
e as plantas, para o serviço do homem,
de sorte que da terra tire o seu pão,
o vinho, que alegra o coração do homem,
o azeite, que lhe dá brilho ao rosto,
e o alimento, que lhe sustém as forças.
Avigoram-se as árvores do Senhor
e os cedros do Líbano que ele plantou,
em que as aves fazem seus ninhos;
quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes.
Os altos montes são das cabras montesinhas,
e as rochas, o refúgio dos arganazes.
Que variedade, Senhor, nas tuas obras!
Todas com sabedoria as fizeste;
cheia está a terra das tuas riquezas.

Salmos 104:1, 10-18 e 24

 

Este Salmo celebra a criação de Deus e começa com um chamado para adorar o Criador (v.1). Como cientista, estudo o mundo que Deus criou e meu trabalho é adoração. Se eu separar minha fé cristã do meu trabalho secular, não apenas o trabalho ficará seco, mas minha alma também. Não é assim para todos nós cientistas cristãos? Não importa se nosso trabalho seja “sagrado” ou “secular”, quer seja fora de casa ou dentro de casa, quer recebamos um salário ou não, não há como separá-lo da nossa fé.

Deus não apenas criou a terra e todas as suas criaturas vivas, mas também fez a terra produzir tudo o que é necessário para sustentar sua criação. Observe a ênfase na abundância de água, que é essencial para a sobrevivência de todas as plantas e animais (vv. 10–13). Da terra vem a erva para o gado comer e as plantas para as pessoas cultivarem para se alimentar (v. 14). Agora sabemos que são as plantas verdes que capturam o dióxido de carbono do ar que produz não apenas comida, mas também o oxigênio que respiramos. Cultivar o fruto da terra proporciona propósito e prazer para a humanidade (vv. 10–15). As árvores bem regadas fornecem um local de ninhos para os pássaros e os penhascos da montanha fornecem um lar para os animais (v. 16–18). Deus proveu a terra como um recurso para que nós e todas as suas

criaturas possamos prosperar. Valorizamos isso? Aqueles de nós que vivem em lugares bem irrigados mostram preocupação com aqueles que estão sofrendo os efeitos do desastre climático causado pelo homem?

Ao estudar as obras de Deus no laboratório, sinto-me humilde diante da riqueza de sua sabedoria e admiro a vastidão e a variedade de sua criação (vv. 24–26). Somos totalmente dependentes de Deus, pelas coisas boas que ele nos dá para a vida prática do dia-a-dia (vv. 27–28) e para a própria vida (ou morte) (vv. 29–30). Reconhecemos isso na maneira como vivemos nossas vidas? Separamos o sagrado do secular e nos privamos de explorar o tesouro de sabedoria de Deus? Ou pedimos a Ele que nos guie em nossas decisões diárias, sabendo que ele pode ver além do horizonte?

Fonte: https://www.faraday.cam.ac.uk/churches/church-resources/posts/god-our-provider/

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