A mídia internacional tem dado relevo a uma pesquisa relativamente nova dos Departamentos de Psicologia da Ohio University e da University of Oregon, ambos dos EUA, que inferem empiricamente que ciência e religião não estão em lados tão opostos quanto possa parecer ao senso comum. Os pesquisadores afirmaram que o debate entre fé e ciência é posto como uma competição entre visões de mundo. Entretanto, essas crenças tem uma base semelhante, independentemente de qual lado esteja em questão.

Os especialistas afirmaram que grande parte do embate que há entre fé e ciência se trava na arena da Teoria da Evolução, entre aqueles que a sustentam e aqueles que a refutam. Entretanto, apontam que os antecedentes a partir dos quais alguém acredita no Criacionismo ou no Evolucionismo podem ter uma base similar, geralmente radicada na cultura, nos laços familiares, nas posições morais, na lealdade política – todas reivindicando a verdade.

Surpreendentemente, essa pesquisa, que foi realizada com dados colhidos nos EUA, revelou também que, no caso dos estadunidenses, grande parcela deles não considerava importante se a sua teoria sobre como Deus criou os seres humanos e o Universo era importante. Na verdade, os dados revelaram que apenas 63% dos criacionistas acreditavam que sua crença sobre as origens humanas era “muito” ou “extremamente” importante. E apenas uma pequena parcela desse grupo concordava com todos os aspectos da Teoria Criacionista, como, por exemplo, o fato de que o universo foi criado em literalmente seis dias e de que o Homem está sobre a Terra apenas nos últimos 10.000 anos.

Os pesquisadores reforçam que o suposto conflito entre ciência e religião não se mostra, na realidade, em profundo abismo. Afirmam que é preciso melhorar a compreensão das origens, particularidades e linguagem própria de cada área sem a tentativa de estereotipar aqueles que creem na religião ou aqueles que se dedicam à ciência.

Leia a pesquisa: http://spp.sagepub.com/content/6/8/959

 

Por Áquila Mazzinghy19

 

 

Compartilhe a ABC²