A Construção (social) do Mundo – no Encontro do Cristianismo com o Humanismo

D F M Strauss

Faculdade de Humanas

University of the Free State Bloemfontein
Abstract
Na filosofia do início da era moderna, o motivo da criação lógica emergiu em reação ao legado greco-medieval de uma metafísica realista. As correntes nominalistas dominantes desde Thomas Hobbes e Emanuel Kant exploraram suas implicações racionalistas. O último traçou a conclusão radical (humanista) de que as leis da natureza estão presentes no pensamento humano a priori (i.e. antes de todas as experiências). O lado irracionalista do nominalismo enfatizou a singularidade e a individualidade dos eventos – conduzindo, assim, ao historicismo do século 19 e à subsequente virada linguística. Kant influenciou Husserl que, por sua vez, forneceu o ponto de partida para as ideias de Schutz, Berger e Luckmann – compare a obra conjunta de Berger e Luckmann: A Construção Social da Realidade (1967). A ideia contemporânea “pós-moderna” de que nós criamos o mundo em que vivemos (seja por meio do pensamento, por meio da linguagem ou por meio de práticas sociais) meramente continua os elementos centrais da filosofia moderna (inicial).

A ideia de autonomia subjacente sublinha a diferença entre a visão da realidade humanista e a cristã, pois nesta última a subjetividade humana é apreciada como estando correlacionada com os princípios constantes e universais que podem assumir uma forma positiva apenas por meio de atividades humanas de positivação (formadoras). O ideal de autonomia do humanismo moderno reifica a típica liberdade humana para positivisar princípios subjacentes. Ao mesmo tempo esta reificação, por um lado, colapsa a distinção entre as condições e o ser condicionado enquanto, por outro, não oferece uma base para os padrões supra-individuais de comportamento.

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